Clientes de uma empresa de energia solar com sede em Ipiranga do Norte estão denunciando que foram vítimas de um “calote”, as reclamações são de prejuízos financeiros e descumprimento contratual. A empresa, que atua nos municípios da região, como Sorriso, Lucas do Rio Verde e outras cidades vizinhas, está sendo alvo de diversas ações judiciais movidas por consumidores insatisfeitos com os serviços não prestados. Segundo informações apuradas pelo JK Notícias, há pelo menos dez processos públicos em andamento contra a empresa. 5b2f2r
Nos relatos enviados a redação, uma moradora de Sorriso relatou que contratou a instalação de um sistema de energia solar em 10 de maio de 2024, com prazo contratual de até 90 dias para execução. No entanto, o prazo foi encerrado sem que a instalação fosse realizada. Ela conta que tentou contato diversas vezes com o responsável pela empresa, mas as promessas de execução nunca se concretizaram. A vítima, que fez o pagamento via cartão de crédito, conseguiu junto ao banco o cancelamento da compra e a devolução das parcelas já pagas. “Temos um grupo com oito pessoas que também foram lesadas. Muita gente foi enganada, mas não quer se expor com medo de represálias”, afirmou.
Outro cliente contou que fechou contrato com a empresa em fevereiro de 2024 e até hoje não teve o sistema instalado. A maioria das vítimas afirma ter sido bem atendida na fase inicial de negociação, mas que após o fechamento do contrato o e praticamente desaparece.
Um terceiro cliente lesado, que financiou a compra das placas solares, relata que continua pagando tanto o financiamento quanto a conta de energia elétrica, já que o sistema nunca foi instalado corretamente. “Além de não entregarem o equipamento conforme o contrato, me mandaram um inversor diferente do que foi combinado. Disseram que iam trocar, mas até hoje nada foi feito”, lamenta.
O JK Notícias também teve o a uma sentença judicial em que a empresa foi condenada após uma ação movida por um cliente que pagou R$ 5 mil no cartão de crédito como entrada para o serviço. O valor foi cobrado à vista, contrariando o acordo, e o cliente acabou ficando negativado. O serviço sequer foi iniciado. Na decisão, a Justiça determinou a rescisão contratual e a devolução dos valores pagos, além de multa por inadimplência e indenizações por danos morais e materiais, totalizando mais de R$ 25 mil em condenações.
Muitos dos consumidores afirmam não querer envolver seus nomes publicamente, temendo retaliações, mas esperam que o alerta ajude a evitar que outras pessoas sejam prejudicadas. “Eu também não queria me expor, mas é preciso falar. Essa empresa segue enganando pessoas simples, que muitas vezes nem sabem como buscar seus direitos”, desabafa uma das vítimas.