Mais uma denúncia envolvendo a mesma casa de apoio em Sorriso chegou à redação do ClicHoje. Desta vez, uma funcionária grávida, de 35 anos, relatou situações recorrentes de coação e assédio moral no trabalho, desde que comunicou que estava grávida. 523m2i
Segundo ela, os problemas começaram após informar formalmente, no mês de março, que estava grávida. Desde então, afirma estar sendo pressionada a pedir demissão. “Toda vez que eu preciso de ajuda, ou que apresento atestado médico, vem alguma ameaça velada. Falam que tudo que eu faço pode ser usado como motivo de justa causa”, disse.
A funcionária contou que possui acompanhamento médico de risco e que, por orientação profissional, não deve realizar esforços físicos. Ainda assim, foi submetida a atividades consideradas excessivas, como lavar sozinha cerca de 300 cadeiras e limpar prateleiras altas, sendo obrigada a subir em escadas — o que representa risco evidente à gestação.
“Meu cargo é de auxiliar de cozinha, mas estão me mandando fazer serviços que não são da minha função. Quando questionei, o supervisor me mandou para casa e deu a entender que era para eu mesma pedir para sair. Só não me demitem porque sabem que não podem, por eu estar grávida”, afirma.
Ela também contou que uma colega foi designada para “ajudá-la”, mas essa mesma pessoa estaria deslegitimando sua condição de saúde na frente de pacientes, colocando em dúvida sua real necessidade de restrições.
Essa não é a primeira denúncia envolvendo a mesma casa de apoio. No início do mês, outra funcionária afirmou ter sofrido ameaças de uma gestora que teria chegado ao local visivelmente embriagada e, diante dos colegas, teria dito frases como: “vou te colocar no seu lugar de faxineira”. A vítima desse caso chegou a ter um ataque de pânico após a situação.
A funcionária grávida afirma ter consciência de seus direitos.
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Uma mulher foi ameaçada enquanto trabalhava em uma casa de apoio em Sorriso. Segundo informações a gestora do local de ter chegado visivelmente bêbada e iniciado uma série de ameaças contra a vítima e outros colaboradores. A gestora foi identificada apenas como A.
A gestora teria afirmado que comunicaria o chefe da unidade, com o objetivo de provocar a demissão da denunciante. Ainda conforme o relato, a gestora disse que colocaria a funcionária “em seu lugar de faxineira” e proibiu colegas de trabalho de auxiliarem a vítima, ameaçando eventuais represálias para quem tentasse ajudar.
Abalada, a comunicante afirmou ter chorado bastante após o episódio e relatou ter sofrido um ataque de pânico, permanecendo mal durante toda a tarde. Segundo ela, a situação pode ter sido motivada por desentendimentos anteriores e acusações de que a vítima teria “maltratado os direitos da empresa”.
A funcionária também relatou que foi excluída dos sistemas internos da instituição, ficando sem o aos cadastros necessários para a realização de suas funções, o que dificultou ainda mais o desempenho do trabalho.
O caso foi registrado como ameaça. A Polícia Civil investiga o caso.